domingo, 21 de março de 2010

Onde está a ética do "politicamente correto"?


O politicamente correto ou a correção política, foi criado com o propósito de minimizar o impacto de certas palavras, frases, músicas, etc., que são de origem ofensiva, racista ou sexista. Porém, essa política corretiva criou um envoltório preconceituoso e rotulado, onde a definição de grupos sociais é generalizada para todo o meio social. 
Entre os inúmeros  problemas gerados estão sistema de cotas para universidades federais e estaduais. Tudo bem, não resta dúvidas que a sociedade brasileira em si tem de prestar contas com índios e negros pela humilhação que eles sofreram durantes centenas de anos, mas aprovar um aluno em uma universidade por cota é o mesmo que dizer: "Não  estou te aprovando porque você é capaz, estou te aprovando porque você é negro"... Onde está à correção política nisso? Sem contar que, uma prestação de contas sociais não se faz através de cotas utilizadas de maneira injusta para os estudantes, tanto para os que entram na cota quanto para os que não participam...
A correção política exclui de forma injusta o direito de existências de certas expressões... A questão é que, não se pode chamar um homossexual de veado, mas podemos chamar uma loira de burra... Isso não é correção política, porque isso não é ético.
Ética significa o que é bom para o indivíduo e para a sociedade, e seu estudo contribui para estabelecer a natureza de deveres no relacionamento indivíduo - sociedade, mas de maneira alguma o conceito ético estabelece a exclusão, generalização ou modificação de termos, leis e costumes para a aceitação social... O respeito não se constroi com criação de cotas ou eufemização de expressões ou até mesmo a modificação de músicas infantis, porque o respeito se constroi através da consciência social.
Outra coisa que gostaria de evidenciar aqui, é o fato de que a correção política prega também a aceitação em escolas, empresas, etc., de pessoas independentemente de elas serem deficientes, ou não... Mas o Estado não oferece capacitação para que as outras pessoas aprendam a se comunicar em libras com deficientes auditivos e mudos, não estabelece padrões obrigatórios para favorecer a locomoção de cadeirantes e outros deficientes, não oferece condições para que escolas públicas possam ensinar deficientes visuais, auditivos, mudos, deficientes mentais, etc., fazendo com que a sociedade em si exclua essas pessoas por falta de conhecimento e aproximação. 
Não se deve fazer uma política corretiva eufemizando termos, mas sim aproximando de forma justa todos os cidadãos independente de quem eles sejam ou o que eles são.
Beijos a todos

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