sábado, 26 de novembro de 2011



Goiânia, 20 de Abril de 2010


Querido,
Tantos dias se passaram desde a ultima vez que te vi; aliás, desde a ultima vez em em que falei com você de verdade. Tantas coisas aconteceram. Os dias começaram a ficar mais frios, ou melhor, menos quentes... em fim.
Hoje de manhã, sai para caminhar e pensar, são tantas coisas que se passam em minha cabeça nesses dias;
o céu estava nublado, fazia frio e poucos pingos de chuva caiam sob o meu rosto, e a cada passo que dava contra o aquela suave brisa eu ia percebendo que os meus momentos de felicidade ainda não são suficientes para suprir minha necessidade de viver... e que minha força não é suficiente para ter fé...
Eu sei que estou fazendo uma tempestade... mas não posso mais mentir, fingir que estou bem, minhas palavras não teriam valor algum.
Sempre procurei um sentido em minha vida, mas este sempre se distanciou de mim... Talvez o que faz sentido não tem importância alguma. Por causa disso minha alma queima e meu coração lateja, e você sabe o porque de tudo isso...
 Não sinto mais vontades desde que tudo aquilo aconteceu e eu fico assim, sem ter o que esperar como se eu seguisse um caminho continuo que não me leva a lugar algum. Sabe? Passei tanto tempo alimentando esse sentimento, por nada, que agora não sei como me livrar dele...
E tudo aquilo que me fazia bem, hoje já não me é mais suficiente. As risadas perdidas ainda não foram encontradas.
Mas isso não tem importância de verdade, tem?
Bem, sinto saudades de tudo aquilo. Apesar de tudo foi uma época boa para todos nós.. sinto saudades de você, espero que se recupero logo... não quero ter que sair correndo atrás de nenhuma ambulância mais pra te ver decadente, como te vi... mas tudo vai melhorar, ou não, não sei... só me resta esperar...
Ludmila P. 

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Hoje percebi como te ouvir me faz bem,
 Dá-me esperança, 
Faz-me sorrir, 
Faz-me querer ser uma pessoa melhor... 


 Hoje percebi que enquanto te ouvia 
Minha pele ia ficando sem cor, 
Meus olhos paravam de brilhar 
E a cada dia acordava pior que antes.  
Porque pra você o que eu sinto Nunca tem valor algum... 


E eu, 
Que sempre tentei poetizar minha alma 
Tento, agora, livrar-me 
Do que me faz sofrer... 
Tento recuperar o tempo que perdi te ouvindo... 
Porque hoje percebi como estou sofrendo por nada.


Ludmila Parreira

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Quero tirar de mim à dor que senti 
Quando você partiu,
Isso desalinhou minha alma.

Fez-me lembrar das verdades não ditas,
Dos sentimentos guardados
Das mentiras que nos destruíram

Agora choro por tudo que se foi;
Por tudo que não virá;
Por tudo que pode vir...

Tudo isso vai muito além 
Daquilo que eu poderia suportar,
Mas lembrar o que passou
Não mudará o fato de que eu errei.

Porém,
Apesar da minha doutrina fálica
e do meu questionamento sem razão... 
Eu sei... que... 
Tudo em minha vida só tem sentido com você por perto
Mesmo sabendo que nossa história...
Nunca chegou a ter um começo.
Ludmila Parreira

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Quando você olhou nos meus olhos 
despiu toda a minha alma
arrepiou cada milímetro de mim,
me desfez, e permaneci assim.

E o silêncio tomou conta daquilo que deveria ser lindo
e nos restou apenas o subjetivo
do que deveríamos dar conta de entender

E desde então só nos resta sofrer
nos despedaçar, arrepender...
E esquecer o que realmente nos fez chegar até aqui...

Ludmila Parreira e Luã Áquila

quarta-feira, 29 de junho de 2011



Estou caida,
recolhendo meus últimos fragmentos
para me levantar e olhar nos meus olhos
pela ultima vez 
e me ver derramar minhas lágrimas
enquanto me lembro de todas as vezes em que parti meu coração.



Hoje olho para dentro de mim
e vejo o grande vazio que existe,
vejo o tempo que perdi sendo legal com as pessoas,
e tudo que eu podia ter ganho se tivesse continuado sozinha...

Agora vivo uma constante ausência do meu presente

e uma grande incerteza  de saber se terei futuro.

E não sinto mais nada a minha volta...
estou tão entorpecida que nem sinto dor.
Todos os sorrisos,
todos os momentos forçados, 
só serviram para piorar minha situação... 
só serviram para me deixar cansada daquilo que penso ser.

Estou cansada de toda a educação desnecessária,
de todo o esforço feito por nada,
de pensar nos outros,
de correr atrás do que realmente quero...
Estou cansada da minha falta de vontade de ser uma pessoa melhor, 
pra mim...

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Musiquinhas ;D

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Nosso amor foi assim... 
uma frase sem nexo 
no meio de uma dissertação;
Diferentes movimentos 
indo na mesma direção
ou qualquer outra coisa
que não nos deu motivação...
Então vamos parar por aqui.
Porque o nosso romance foi só uma forma diferente
 de dizer que eu não gosto de ti...
só uma forma de você dizer que é apaixonado por mim...


Nosso amor foi assim...
algo que não durou nem 5 segundos.

terça-feira, 24 de maio de 2011


Eu procurei durante muito tempo uma forma legal de dizer isso; 
Uma forma bonita de dizer isso; uma forma de dizer sem machucar ninguém... 
Mas vocês me machucaram,
Então porque estou me preocupando com quem não se preocupou comigo?
Estou dizendo isso por todas as conversas jogadas fora, por todos os abraços que não queriam ser dado, por todos os momentos desperdiçados, por tudo aquilo que não tinha importância alguma... Mas que fazia toda a diferença pra mim. Tinha tanta importância que estou, agora, perdendo o meu tempo fazendo o possível para não me esquecer delas, o quanto eu sorri com elas; lembrar-me nitidamente o quanto vocês foram bons pra mim por um tempo e como se esqueceram rapidamente de mim, como partiram meu coração. 
Isso é para que eu não me preocupe mais, não dê mais importância para quem não precisa de mim, porque eu também não preciso de absolutamente nenhum de vocês.
O que eu quero dizer, que eu quero gritar, é que por mais que tenha doido, me destruído e me feito chorar...
Todas aquelas coisas que eu não disse, que eu pensei que precisava dizer, não foram realmente ditas por que nenhum de vocês valia à pena.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Nas ilhas bem aventuradas


“Os figos caem das árvores: são bons e doces; e conforme caem assim se lhes abre a vermelha pele. Eu sou um vento do Norte para os figos maduros.
Assim como os figos, caem em vós estas práticas; recebei o seu suco e a sua doce polpa. Em torno de nós reina o outono, reina a tarde como um céu sereno.
Vede que plenitude em nosso redor! E que belo, do seio da abundância, olhar para fora, para os mares longínquos!
Noutro tempo, quando se olhava para os mares longínquos, dizia-se: “Deus”; mas agora eu vos ensinei a dizer: “Super-homem”.
Deus é uma conjectura; mas eu quero que a vossa conjectura não vá mais longe do que a vossa vontade criadora.
Poderíeis criar um Deus? Pois então não me faleis de deuses! Poderíeis, contudo, criar um Super-homem.
Talvez vós o não sejais, meus irmãos! Podeis transformar-vos em pais e ascendentes do Super-homem: seja essa a vossa melhor criação!
Deus é uma conjectura; mas eu quero que a vossa conjectura se circunscreva ao imaginável.
Poderíeis imaginar um Deus? Signifique, para vós outros, a vontade de verdade, que tudo se transforme no que o homem pode pensar, ver e sentir! Deveis cuidar até o último os vossos próprios sentidos!
E o que chamáveis mundo deve ser criado já por vós outros; a vossa razão, a vossa imagem, a vossa vontade, o vosso amor devem tornar-se o vosso próprio mundo. E verdadeiramente, será para ventura vossa!
Vós, que pensais e compreendeis, como havíeis de suportar a vida sem essa esperança? Não deveríeis persistir no que é incompreensível nem no que é irracional.
Hei de vos abrir, porém, inteiramente o meu coração, meus amigos; se existissem deuses como poderia eu suportar não ser um deus?! Por conseguinte, não há deuses.
Fui eu, na verdade, quem tirou essa conseqüência; mas agora é ela que me tira a mim mesmo.
Deus é uma conjectura; mas, quem beberia sem morrer, todos os tormentos desta conjectura?
Acaso se quererá tirar ao criador a sua fé, e à águia o seu vôo pelas regiões longínquas?
Deus é um pensamento que torce tudo quanto está fixo.
Que!? Não existiria já o tempo, e todo o perecível seria mentira?
Pensar tal produz vertigem nos ossos humanos e náuseas no estômago; verdadeiramente, pensar assim é como sofrer modorra.
Chamo mau e desumano a isso: a todo esse ensinamento do único, do pleno, do imóvel, do saciado, do imutável.
O imutável é apenas um símbolo! E os poetas mentem demais.
As melhores parábolas devem falar do tempo e do acontecer; devem ser um elogio e uma justificação de tudo o que é perecível.
Criar é a grande emancipação da dor e do alívio da vida; mas, para o criador existir são necessárias muitas dores e transformações.
Sim, criadores, é mister que haja na vossa vida muitas mortes amargas. Sereis assim os defensores e justificadores de tudo o que é perecível.
Para o criador ser o filho que renasce, é preciso que queira ser a mãe com as dores de mãe.
Em verdade, o meu caminho atravessou cem almas, cem berços e cem dores de parto. Muitas vezes me despedi; conheço as últimas horas que desgarram o coração.
Mas assim o quer a minha vontade criadora, o meu destino. Ou, para o dizer mais francamente: esse destino quer ser minha vontade.
Todos os meus sentimentos sofrem em mim e estão aprisionados; mas o meu querer chega sempre como libertador e mensageiro de alegria.
“Querer, libertar”: é essa a verdadeira doutrina da vontade e da liberdade; tal é a que ensina Zaratustra.
Não querer mais, não estimar mais e não criar mais! Ó! fique sempre longe de mim, esse grande desfalecimento.
Na investigação do conhecimento só sinto a alegria da minha vontade, a alegria do engendrar; e se há inocência no meu conhecimento, é porque nele há vontade de engendrar.
Essa vontade apartou-me de Deus e dos deuses. Que haveria, pois, que criar se houvesse deuses?
A minha ardente vontade de criar impele-me sempre de novo para os homens, assim como é impelido o martelo para a pedra.
Ai, homens! Uma imagem dormita para mim na pedra, a imagem das minhas imagens. Ó! haja de dormir na pedra mais feia e mais rija!
Agora o meu martelo desencadeia-se cruelmente contra a sua prisão. A pedra despedaça-se: que me importa?
Quero acabar esta imagem, porque uma sombra me visitou; qualquer coisa muito silenciosa e leve se dirigiu para mim!
A excelência do Super-homem visitou-me como uma sombra. Ai, meus irmãos! Que me importam já os deuses?”
Assim falava Zaratustra.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Musiquinhas ;D

domingo, 13 de março de 2011

Sim... tem muito tempo que não posto nada no blog, mas deve admitir que tenho grandes motivos para explicar o porque não tenho postada nada nos últimos tempo:
  1. O meu fim/início de ano foram meio complicados e "revelados" graças a algum acontecimentos que, consequentemente me deixaram um tanto deprimida...
  2. Fui contagiada por uma preguiça anormal, pois, eu mudei de colégio; sai de um colégio particular, onde tinha aulas quase todos os dia o dia inteiro, e fui para um estadual onde eu mal tenho aula de manhã...
    resumindo: estou me sentindo desempregada (y)
  3. E por fim o mais importante, estou estudando (sozinha) muito, porque pretendo prestar vestibular na USP e estou fazendo o possível para passar :)
O que quer dizer que os post serão menos frequente, porque estarei a maior parte do tempo estudando ou lendo os livros pro vestibular.


E uma musiquinha ;D



terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O mundo é um moinho


Ainda é cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar


Preste atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és


Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho.
Vai reduzir as ilusões a pó

 
Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés.


Cartola       

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Mad world




All around me are familiar faces
Worn out places
Worn out faces
Bright and early for the daily races
Going no where
Going no where
Their tears are filling up their glasses
No expression
No expression
Hide my head I wanna drown my sorrow
No tomorrow
No tomorrow
And I find it kind of funny
I find it kind of sad
The dreams in which I’m dying are the best I’ve ever had
I find it hard to tell you
I find it hard to take
When people run in circles its a very very
Mad world
Mad world

Children waiting for the day they feel good
Happy birthday
Happy birthday
And I feel the way that every child should
Sit and listen
Sit and listen
Went to school and I was very nervous
No one knew me
No one knew me
Hello teacher tell me what’s my lesson
Look right through me
Look right through me
And I find it kind of funny
I find it kind of sad
The dreams in which I’m dying are the best I’ve ever had
I find it hard to tell you
I find it hard to take
When people run in circles its a very very
Mad world
Mad world
Enlarging your world
Mad world

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Não me Deixes!


Debruçada nas águas dum regato
A flor dizia em vão
À corrente, onde bela se mirava:
"Ai, não me deixes, não!

"Comigo fica ou leva-me contigo
"Dos mares à amplidão;
"Límpido ou turvo, te amarei constante;
"Mas não me deixes, não!"

E a corrente passava; novas águas
Após as outras vão;
E a flor sempre a dizer curva na fonte:
"Ai, não me deixes, não!"

E das águas que fogem incessantes
À eterna sucessão
Dizia sempre a flor, e sempre embalde:
"Ai, não me deixes, não!"

Por fim desfalecida e a cor murchada,
Quase a lamber o chão,
Buscava inda a corrente por dizer-lhe
Que a não deixasse, não.

A corrente impiedosa a flor enleia,
Leva-a do seu torrão;
A afundar-se dizia a pobrezinha:
"Não me deixaste, não!" 
Gonçalves Dias

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Eu não existo sem você

Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe que a distância não existe
Que todo grande amor só é bem grande se for triste
Por isso, meu amor, não tenha medo de sofrer
Pois todos os caminhos me encaminham prá você
Assim como o oceano só é belo com o luar
Assim como a canção só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem só acontece se chover
Assim como o poeta só é grande se sofrer
Assim como viver sem ter amor não é viver
Não há você sem mim, eu não existo sem você


Vinicius de Moraes

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Atrás da porta

Quando olhaste bem nos olhos meus
E o teu olhar era de adeus
Juro não acreditei
Eu te estranhei me debrucei,
sobre o teu corpo e duvidei
E me arrastei de te arranhei
E me agarrei nos teus cabelos
Nos teus pêlos, no teu pijama
Nos teus pés, ao pé da cama.
Sem carinho sem coberta
No tapete atrás da porta
Reclamei baixinho
Dei pra maldizer o nosso lar
Para sujar teu nome te humilhar
E me vingar a qualquer preço
Te adorando pelo avesso
Pra mostrar que ainda sou tua
Só para mostrar que ainda sou tua…

Chico Buarque

domingo, 23 de janeiro de 2011

Estranhas vibrações tomam conta do meu corpo...
Fazendo com que algo se transforme dentro de mim
Apagando as luzes da minha mente.
E as vozes vão me tirando de mim
Fazendo com que a minha única certeza seja a de não compreender o que sinto...
Porque tudo que era real... Transformou-se em fictício.

domingo, 9 de janeiro de 2011

The Gathering - Broken glass




Find your peace
Turn in sight
You're the target
You're the center
Find the key
Lock the door
Close your eyes
For encore


Drop yourself
In the grass
Breathe the air
At last
Hold on tight
Don't you fall down
Breathe the air
Through the water.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

- É maravilhoso ver todos vocês aqui esta noite. Sim, absolutamente maravilhoso. Porque sei que muitos de vocês vem aqui diversas vezes, o que eu acho realmente fantástico, vir aqui e assistir ao fim de tudo, e então retornar para casa, para suas próprias eras... e construir famílias, lutar por novas e melhores sociedades, combater em guerras terríveis em nome do que vocês acham certo... isso realmente nos traz esperança no futuro de todos os vivente. A não ser, é claro - e apontou para um redemoinho que relampejava acima e ao redor deles -, pelo fato de sabermos que não haverá futuro algum...

O restaurante no fim do universo - livro 2 da série " O mochileiro das galáxias"   de Douglas Adams